Ao nos levantarmos cada dia, traçamos logo os rumos que vamos seguir, e organizamos tudo que devemos fazer. Se seguirmos a canção que diz “deixa a vida me levar”, corremos o risco de não chegar a lugar nenhum, ou mesmo de ficar parados no tempo, ou de ir para onde não deveríamos. Ao contrário, invocamos o Espírito Santo todos os dias, para que nos conduza no caminho e nos faça chegar ao lugar certo. 

De forma semelhante, ao iniciarmos um novo ano, precisamos colocar rumos mais amplos para que possamos direcionar nossa vida e especialmente a caminhada comum de nossa Igreja. Sim, a caminhada sinodal exige de nós disposição para caminhar juntos, e caminhar numa mesma direção, conduzidos pelo mesmo Espírito Santo.

A Assembleia Diocesana que realizamos coroa um processo de discernimento no Espírito com a participação de muitos na Igreja, iniciando com as Assembleias Paroquiais. Ao avaliarmos o caminho percorrido, percebemos que ficamos bem aquém das metas que havíamos traçado no Plano Diocesano de Evangelização, que serve como mapa do caminho que traçamos. Pelo quantitativo estatístico apresentado nas avaliações estamos abaixo dos 50% na realização dos projetos do Plano com relação aos pilares da Palavra, do Pão, da Caridade e da Ação Missionária! Corramos para não sermos reprovados! Possamos dizer como São Paulo: “Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé”! 

Assim como acontece cada dia, novos desafios se apresentam, e precisamos reprogramar o caminho, mas sempre garantindo os rumos que nos levam à direção certa. Nesse sentido, tendo em vista o processo sinodal que a Igreja está vivendo, que teve seu tempo de duração prorrogado, assim também estamos reajustando nosso Plano em suas metas e seus tempos, caminhando junto com toda a Igreja. Foi o que fizemos na Assembleia realizada em novembro. 

Para conseguir avançar, a Assembleia ressaltou alguns pontos que exigem maior empenho:

  • melhora na capacidade de escuta e de acolhida das pessoas;
  • reforço do processo de Iniciação à Vida Cristã (IVC);
  • atenção à catequese inclusiva (surdos, mudos, cegos, deficiência mental...);
  • acolhida e envolvimento dos jovens;
  • investimento na formação através de Escolas da Fé, de Círculos Bíblicos, de promoção de Retiros e outras iniciativas de espiritualidade, de formação bíblica e litúrgica;
  • conscientização sobre o desafio da Ecologia Integral (Laudato Sì);
  • efetivação da Comissão Missionária Paroquial (COMIPA);
  • melhor articulação e organização do trabalho social a serviço dos pobres;
  • maior presença da Igreja nos vários ambientes, como família, escola, universidades, condomínios, hospitais, enfermos, ambientes de trabalho, presídios, população de rua. 

Duas iniciativas deverão favorecer maior dinamismo na caminhada nesta direção: a implantação do Projeto Igreja nas Casas, e o fortalecimento dos Conselhos e Pastorais de cada Região.

Seguindo as inspirações do Espírito, permitamos que Ele renove nossa Igreja que inicia seu ano centenário, e a revitalize com novo ardor sinodal e missionário.