1ª SESSÃO SINODAL

DIMENSÃO MISSIONÁRIA[1]

1.- Introdução

Esta Dimensão Missionária, foi escolhida como primeira dimensão a ser trabalhada, acompanhando o evento do 5º Congresso Missionário Latino Americano (COMLA-5), realizado em Belo Horizonte, em fevereiro de 1995. e definiu-se a primeira Subcomissão.
Levando em conta a metodologia proposta, a partir das conclusões do COMLA-5, foi enviada às paróquias uma pesquisa sobre a caminhada missionária na Diocese. A partir da tabulação das respostas, foi elaborado o texto subsídio para a assembléia paroquial e o conteúdo para a assembléia regional.

2.- Fundamentação Teológica

“A Igreja, enviada por Cristo para manifestar e comunicar a caridade de Deus a todos os homens e povos, sabe que ainda lhe resta por realizar uma ingente tarefa missionária.(…)Como Cristo, por Sua encarnação se ligou às condições sociais e culturais dos homens com quem conviveu, assim deve a Igreja inserir-se em todas essas sociedades, para que a todas possa oferecer o mistério da salvação e a vida trazida por Deus”
Assim nos falam as Diretrizes da Ação Pastoral sobre a Dimensão Missionária:
“A comunhão exige a missão como seu dinamismo essencial. A Igreja, que se percebe como comunidade de fé, é impelida naturalmente a continuar a missão de Jesus que a convocou, constituiu e enviou. Ela é chamada a assumir ativamente, em todos os seus membros, a mesma missão de Cristo, proclamando o Reino de Deus e testemunhando o Evangelho em todo o tempo e lugar, em todas as épocas e nações, reconhecendo a riqueza evangélica das diferentes culturas.
A dimensão missionária exprime, pois, um aspecto particular da única e abrangente missão da Igreja, corresponde à primeira evangelização, para despertar a fé nos não-cristãos, integrando novos membros em sua comunhão visível.
Neste sentido, o papa João Paulo II, em sua recente Encíclica sobre “a validade permanente do mandato missionário”, identifica, “no âmbito da única missão da Igreja”, a dimensão missionária, como “atividade missionária específica”, cuja peculiaridade deriva do fato de se orientar para “não-cristãos’. É propriamente a missão ‘ad gentes’. Esta “tarefa especificamente missionária, que Jesus confiou e continua cotidianamente a confiar à sua Igreja, não se deve tornar uma realidade diluída na missão global de todo o povo de Deus, ficando desse modo descurada ou esquecida”[2].
Lembramos ainda que a dimensão missionária deva sempre enfrentar o constante desafio da inculturação da fé, procurando encarnar o Evangelho nas culturas dos povos. O nosso Objetivo Geral atual inclui a preocupação pelo respeito às diversas culturas. Esse é um ponto em que deveremos nos diferenciar em relação à prática missionária daqueles que realizaram a primeira evangelização da América, cujo V centenário estamos comemorando.
A Igreja no Brasil, nos últimos anos, tem manifestado seu dinamismo por um novo ardor missionário ‘ad gentes’, não apenas se preocupando com as situações missionárias presentes no país, mas ampliando seu horizonte missionário para “além-fronteiras”.”

3.- Orientações Sinodais

Nesta 1ª Sessão Sinodal, foram escolhidas como indicações gerais as seguintes prioridades:

1.- Ensinar na Catequese de crianças, adolescentes, jovens e adultos a missionariedade da Igreja;
2.- Evangelizar os que não freqüentam a Igreja.
À luz das reflexões havidas por ocasião do estudo e aprofundamento desta Dimensão, o Sínodo determina as seguintes normas:
1.- Em cada paróquia seja organizado o Conselho Missionário Paroquial – COMIPA;
2.- Os vários Conselhos Missionários Paroquiais unam-se em uma Comissão Missionária Diocesana – COMIDI;
3.- A Comissão Missionária Diocesana elaborará o planejamento geral e um planejamento anual, no qual deverão constar:
3.1.- objetivo geral;
3.2.- objetivos específicos;
3.3.- meios;
3.4.- formas de avaliação e revisão;
4.- Sendo toda a Igreja missionária, a Catequese paroquial, ao ser ministrada nos vários níveis (crianças, adolescentes, jovens e adultos), terá um peculiar acento na missionariedade, como vocação primeira da Igreja;
5.- O mês Missionário, a saber o mês de outubro, seja bem valorizado pelo uso sistemático do “material” confeccionado pela Pontifícia Obra Missionária Nacional;
6.- Com muito zelo e ânimo participativo, a “coleta das missões” deverá ser feita em todas as Matrizes, Igrejas, Capelas e Comunidades e enviada com urgência à Cúria Diocesana;
7.- Como método educativo e de formação espiritual, organize-se em todas as paróquias a “Infância Missionária”;
8.- Nos Colégios Católicos (e de católicos) realize-se no âmbito escolar, no referido mês de outubro, a campanha missionária;
9.- Cada paróquia deve formar agentes de pastoral para a evangelização dos afastados, organizando-se visitas domiciliares, aproveitando especialmente as novenas e ou encontros por ocasião da Quaresma (Campanha da Fraternidade), do Advento (Natal em Família) e da festa dos Padroeiros;
10.- Especialmente por ocasião da “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, todas as paróquias valorizem as atividades ecumênicas, seguindo as orientações do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – Conic;
11.- A Comissão Missionária Diocesana terá um assistente eclesiástico nomeado pelo Bispo Diocesano, o qual escolherá a equipe diocesana, a ser confirmada pela Autoridade Diocesana.
12.- O prazo de atuação será de 4 anos podendo ser reconduzido por mais um período.


[1].- DGAP doc. 45, n. 80-84

[2] Cf. R.Mi., n. 33-34