Iniciamos no dia 1º de julho o jubileu do ano centenário de criação da Diocese de Santos, com a abertura da Porta Santa e a celebração festiva na Catedral. Nesta mesma ocasião lançamos a Carta Pastoral, como referência para a vivência desse ano. A celebração deste jubileu torna-se grande oportunidade de renovação, de crescimento no amor e sentido de pertença a esta Igreja particular, e de aprofundamento da fé e do ardor missionário nesse tempo especial de graça.

O tema escolhido para o centenário: “Diocese de Santos, 100 anos de história e missão”, convida-nos a recordar a história da Diocese contemplando a obra de Deus no caminho de fé realizado por nossa Igreja de Santos. Agradecer a Deus por esta bela história, e aprender do testemunho dos irmãos e irmãs que realizaram a missão da Igreja neste tempo. Foi um tempo de grandes mudanças, que teve no acontecimento do Concílio Vaticano II um marco de renovação da Igreja. Esta renovação foi reafirmada e consolidada com o 1º Sínodo da Diocese de Santos, concluído no ano 2000, que teve como tema “Buscar juntos renovar a Igreja”.

Sem tirar os olhos do retrovisor dessa bonita história, mas enraizados nela, olhamos para a frente, para seguirmos confiantes no caminho da missão que o Senhor continua confiando à sua Igreja. Para isso nos encaminha o lema que escolhemos, do mandato de Jesus “Lançai a rede” (Jo 21,6). De fato, a grande convocação da Igreja nesse momento é a saída para a missão. Cristo nos envia e manda lançar as redes da evangelização para que alcance os homens e mulheres do nosso tempo, sedentos da vida e da salvação em Cristo.

Em continuidade com a plataforma de lançamento de nossa Igreja, que foi o Sínodo Diocesano, nosso caminho missionário deverá considerar três grandes prioridades pastorais: catequese, família e juventude; e cinco polos de atenção: porto, turismo, idosos, universidades, superação da miséria e da fome. São indicações de direção prioritária para onde devemos lançar as redes da missão.

Sabemos muito bem, no entanto, que a missão só é possível se formos “evangelizadores com espírito”. O jubileu nos oferece oportunidade de conversão pessoal e pastoral, com os olhos fixos em Jesus. Não haverá conversão pastoral sem conversão pessoal que qualifica o evangelizador com espírito. Por isso, a celebração do centenário deve ser também um tempo de purificação, de crescimento na santidade devida. Por isso, ajuda muito também a proposta das indulgências, que resultam de um caminho de conversão, na oração e na proclamação da fé.

O aprofundamento dessa espiritualidade será favorecido pelas inúmeras iniciativas propostas, como as peregrinações à Catedral, a peregrinação da imagem de Nossa Senhora do Rosário pelas paróquias, as festas dos padroeiros, as atividades missionárias, os círculos bíblicos, a romaria à Aparecida, os eventos de celebração e de formação, entre outros que o zelo e a criatividade pastoral indicarão.

O ano centenário deverá também ser oportunidade para dar maior visibilidade à presença da Igreja na Sociedade. Iniciativas nesse sentido devem ser promovidas em todos os municípios, como serão também realizadas em sentido diocesano, como sessões nas câmaras municipais, presença nos Conselhos Municipais, presença nos meios de comunicação, palestras na Universidade, e o reforço de iniciativas do Pacto pela Vida, entre outras.

Sintamos sempre a presença de Nossa Senhora, e confiemos em sua intercessão para que não falte na celebração do nosso jubileu, o vinho novo, Cristo.